NOTA DE PROFUNDO PESAR PELO DESAPARECIMENTO DO DR. MANUEL MAIA
Faleceu Manuel Maia
Foi com profundo choque que tomámos conhecimento do falecimento no passado dia 23 de Setembro do Dr. Manuel Maia, antigo conservador assistente do Museu Nacional de Arqueologia. Em nota do Prof, José d’Encarnação partilhada na ocasião sublinha-se o percurso científico daquele nosso malogrado colega (cf. O falecimento do Dr. Manuel Maia).
A nós, compete-nos sublinhar o quanto ao Museu Nacional de Arqueologia lhe deve, antes e depois de 25 de Abril de 1974. Antes, quando como tantos outros da sua geração e da geração imediatamente seguinte, começou a frequentar o Museu, sendo ainda aluno do Prof. Doutor Fernando de Almeida. Depois de terminado Curso de História na FLUL, em 1969, e de concluído também o curso de Conservador de Museus (1972-1973), foi pelo seu antigo professor e diretor do MNA nomeado conservador-adjunto, quando sua esposa, Dra. Maria Maia, também ingressou como conservadora nos quadros. Datam desses anos importantes trabalhos de renovação do Museu, seja no plano das instalações, seja no plano da gestão e inventário de coleções, seja ainda no plano da sua investigação (cf. O Arqueólogo Português, serie IV, Volume 21, pp.13-64).
Depois da Revolução Democrática, encontrando-se a cumprir serviço militar, o Dr. Manuel Maia foi colocado no vizinho Museu de Marinha, continuando a frequentar assiduamente e a participar ativamente no nosso Museu. Sempre combativo, mas sempre generoso, o Dr. Manuel Maia não somente estudou numerosas colecções do MNA, como aqui incorporou algumas das resultantes dos seus trabalhos de campo.
O Museu Nacional de Arqueologia presta-lhe sentido tributo.