Os CTT apresentam, dia 11 de Julho, a edição, “Museus Centenários de Portugal – Volume I”.
Emissão de selos que integram o livro Museus Centenários de Portugal, de Cristina Cordeiro, edição CTT.
A obra contempla treze museu fundados entre 1772 e 1894, nomeadamente o Museu Nacional de Arqueologia.
PAGELA TRIPTICA MUSEUS CENTENÁRIOS DE PORTUGAL_WEB 20MAR2019
Estes museus estão disseminados pelo território nacional, entre o continente e as ilhas, do litoral ao interior, e todos têm uma história de resiliência marcada pela vontade de se afirmarem num contexto tantas vezes adverso. O primeiro selo mostra-nos o mais antigo museu português vivo, o atual Museu da Ciência, datado de 1772, herdeiro das primeiras coleções científicas do país. Seis décadas mais tarde, em pleno Cerco do Porto, D. Pedro IV criou o Museu Portuense, hoje Museu Nacional Soares dos Reis, o primeiro museu público de arte, em 1833.
Na década de 50, concretamente em 1851, surgiu o Museu de Artilharia, atual Museu Militar, sediado nas instalações do antigo Arsenal Real do Exército, em Lisboa, atestando a importância da instituição militar num século marcado pelas lutas liberais. Sete anos depois, nasceu o Museu de História Natural de Lisboa, atual MUHNAC. Em 1860, o Museu Geológico de Lisboa reuniu a mais completa coleção geológica do país e em 1864, era fundado o Museu Arqueológico do Carmo, no seio da Associação Real de Arquitetos Civis e Arqueólogos Portugueses, a quem D. Luís cedeu a gestão de um convento mandado erigir no século XIV por Nun’Álvares Pereira para assinalar a vitória de Aljubarrota.
Em torno da História Natural, surgiu em 1880 o Museu Açoriano, hoje Museu Carlos Machado, na Ilha de S. Miguel, nos Açores. Já em 1884, e no seio da Sociedade de Geografia de Lisboa, foi fundado o Museu Histórico e Etnográfico, agora Museu Etnográfico da Sociedade de Geografia de Lisboa. Nesse mesmo ano, e na sequência da Exposição de Arte Ornamental que fizera furor em Lisboa, foi criado o Museu de Belas-Artes e Arqueologia, hoje Museu Nacional de Arte Antiga. Meses mais tarde, corria já 1885 quando a Sociedade Martins Sarmento, abriu as portas do seu Museu Arqueológico. Oito anos depois, em 1893, José Leite de Vasconcellos fundava o seu Museu Etnográfico, atual Museu Nacional de Arqueologia. No ano seguinte, 1894, o país assistia ao nascimento do Museu Arqueológico e Lapidar de Faro, atual Museu Municipal de Faro, guardião de memórias identitárias da cidade algarvia, desde a época romana à contemporaneidade. Ainda nesse ano, era criado o Museu Municipal da Figueira da Foz, agora Museu Municipal Santos Rocha, vocacionado para o estudo dos diversos ramos das ciências humanas.
Cada um destes museus transporta em si um legado vivo e dinâmico, que suscita a cada dia novas leituras. Uma herança apresentada nesta nova emissão filatélica, condensada em vinte e seis imagens, que percorrem mais de um século de história. A emissão filatélica é composta por treze selos para envio nacional até 20g e uma tiragem de 100 000 exemplares cada um. O design dos selos esteve a cargo de AF Atelier os selos têm uma dimensão de 40 X 30,6. As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal, Antero de Quental em Ponta Delgada, Loja CTT Fernão de Magalhães em Coimbra, Loja CTT Guimarães, Loja CTT Figueira da Foz e Loja CTT Faro.
Referências