Datado da Idade do Cobre, uma época em que se estabeleceram as primeiras rotas comerciais regulares com o mundo mediterrânico, o povoado fortificado de Leceia (Oeiras) corresponde a uma espécie de pequena cidadela localizada sobre uma escarpa rochosa que dá para o vale da ribeira de Barcarena e defendida através de um elaborado sistema de muralhas, dotadas de bastiões. Rampas de acesso e portas, cabanas e lareiras domésticas, eiras, lajeados e possíveis lixeiras, etc. - assim como abundantes utensílios em pedra, cerâmica, osso e metal, bem como restos de consumo diversos - dão corpo a um recinto habitacional complexo, rico de informações acerca dos modos de vida de uma população que, no terceiro milénio antes de Cristo, constituíram um dos principais polos de fixação humana à entrada do Tejo.
A exposição "O povoado de Leceia: Sentinela do Tejo no terceiro milénio a.C." organizada conjuntamente pelo Museu Nacional de Arqueologia e a Câmara Municipal de Oeiras, revela ao visitante o sítio de Leceia, em toda a sua magnificência, através de maquetas muito pormenorizadas, de objetos arqueológicos, de textos, de mapas e plantas. O cenário de Leceia, construído nos Jerónimos, pode finalmente ser completado por passeio ao próprio local, no âmbito de circuitos de visita expressamente organizados para o efeito pela autarquia.
Datas: 17 de julho de 1997 a 5 de abril de 1998 | Local no MNA: Galeria Ocidental | Organização institucional: Museu Nacional de Arqueologia / Câmara Municipal de Oeiras | Comissariado científico: João Luís Cardoso | Tipo de exposição: Apresentação monográfica.