Esta exposição de carácter monográfico, dá-nos uma imagem sobre a Citânia de Sanfins, que após meio século de investigação, nos contempla com um conjunto informativo dos mais significativos da cultura castreja do Noroeste peninsular e da Proto-História europeia.
Situa-se na freguesia de Sanfins de Ferreira, concelho de Paços de Ferreira, distrito do Porto e em área escavada, é mesmo a maior estação arqueológica portuguesa.
A vasta panorâmica sobre toda a região de Entre-Douro-e-Minho, que da Citânia se abrange, terá sido fator estratégico determinante do desenvolvimento deste importante povoado. O estudo das suas áreas de influência permite questionar a formação deste “lugar central” no quadro da rede de povoamento castrejo regional. Tudo indica ter sido escolhido, na sequência da campanha militar de Décimo Júnio Bruto (138-136) até à ocupação romana do Noroeste (29-19), como capital dos povos Calaicos situados na margem direita do Douro.
As escavações sistemáticas foram iniciadas em 1944 por Eugénio Jalhay que contou com a colaboração de Afonso do paço desde 1946, que as prosseguiu até 1967, sendo, posteriormente, dirigidas por Carlos Alberto Ferreira de Almeida (1972-74) e por Armando Coelho F. Silva e Rui Centeno (desde 1977), professores de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A cronologia geral deste povoado enquadra-se essencialmente no séc. I a. C. até aos finais do séc. I d.C., com antecedentes vestigiais disseminados e com pervivências designadamente na zona da acrópole, onde na Idade Média se implantou um cemitério cristão associado a uma ermida dedicada a S. Romão, de quem restam algumas estruturas.
Datas: 2 de dezembro de 1998 a 19 de setembro de 1999 | Local no MNA: Galeria Ocidental | Organização institucional: Museu Nacional de Arqueologia. Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins. Câmara Municipal de Paços de Ferreira | Comissariado científico: Armando Coelho F. Silva | Tipo de exposição: Apresentação monográfica.