Datas: 28 de junho de 2005 a 25 de setembro de 2005
Local no MNA: Galeria Ocidental
Organização institucional: Museu Nacional de Arqueologia e Divisão de Documentação Fotográfica (IPM)
Tipo de exposição: Síntese de conhecimentos
José Pessoa, da Divisão de Documentação Fotográfica do Instituto Português de Museus, é certamente o fotógrafo que melhor conhece as colecções dos museus portugueses, onde tem passado a maior parte da sua vida profissional. Pela sua objetiva temos muitas vezes aprendido a ver de novo obras-primas de primeira plana que julgaríamos já conhecer; mas temos também, e porventura com maior intensidade ainda, sentido a emoção da verdadeira descoberta: peças, ou meros fragmentos de peças, esquecidos em reservas e que só o olhar cúmplice do artista permite detetar.
Por isso é sempre um prazer termos José Pessoa entre nós, deixando-o deambular, todos os dias e a qualquer hora, pelas salas e corredores dos nossos museus. Por isso lhe agradecemos o deleite que nos proporciona com esta sua exposição.
Quando me solicitaram uma exposição sobre a fotografia de obras de arte, impossibilitado de dar uma visão geral, tive que optar por me cingir a um tema. Escolhi a pedra, talvez porque as nossas pedras são as mais desconhecidas dos portugueses, incluindo os historiadores de arte. E como elas são mágicas! Normalmente mergulhadas nas trevas, mesmo quando expostas à claridade do dia, com luz as revelamos.
Contemplamos então extasiados as marcas dos instrumentos, quase assistimos à génese do objeto criado, pressentimos o encontro com o autor, através da sua mensagem.
Conservar o património é uma atitude nova, de quem acredita no futuro da humanidade. Trabalhar nele como fotógrafo é navegar à vista entre a ciência e a arte. José Pessoa