Datas: 8 de abril de 2011 a 9 de maio de 2011
Local no MNA: Auditório
Organização institucional: Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa UNIARQ e Museu Nacional de Arqueologia
Comissariado científico: Victor S. Gonçalves; João Luís Cardoso e Ana Isabel Santos
Tipo de exposição: Temática
Exposição promovida no âmbito do Vº Congresso do Neolítico Peninsular, organizado pelo Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ). O Museu Nacional de Arqueologia expõe uma amostragem de vasos de cerâmica do Neolítico Antigo português, alguns dos quais apresentados pela primeira vez em público. Está neste caso o conjunto do sítio da Cabranosa, de que se inclui também uma amostragem da respectiva indústria lítica.
Cerca de 6000 anos antes da nossa era, as antigas sociedades camponesas emergem na Península Ibérica. São destetadas através de um «pacote neolítico» que inclui a agricultura, a criação de gado, a cerâmica, a pedra polida e ainda algumas transformações técnicas no talhe do sílex. Não há qualquer traço de uma religião organizada, mas vários motivos simbólicos, sobretudo em cerâmica, remetem para o sagrado.
Raríssimos povoados neolíticos «portugueses» foram integralmente escavados e portanto são escassas as informações de que dispomos sobre tipos de organização social e tipos de economia. Esta pequena exposição mostra duas coisas. Uma, a integralidade da cultura material recolhida num sítio de acampamento da Ponta de Sagres, a Cabranosa. Apesar dos grandes recipientes cerâmicos, a economia de este pequeno sítio parece consistir na recolha e não necessariamente na produção de alimentos. Foi datado pelo radiocarbono entre 5621 e 5369 antes da nossa era.
Uma outra perspectiva desta mostra consiste numa seleção de vasos cerâmicos do Neolítico antigo que evidencia a qualidade do design e a diversidade das formas cerâmicas de esta época.