Datas: 9 de junho de 2011 a 4 de setembro de 2011
Local no MNA: Auditório
Comissariado científico: Fotógrafo: José L. Guimarães e José Barata
Exposição fotográfica das indústrias e memórias de Almada de José L. Guimarães e José Barata.
Perto da margem do rio, são hoje edifícios desabitados. Pertencem a um tempo acontecido. Desfigurados, privados da sua função, as suas portas já nada guardam, pelas janelas há uma estranha angústia vazia que se espreita. Objectos dispersos, deixados para trás ao acaso, relembram as mãos e os gestos daqueles que aí tiveram o seu sustento de vida. Os silos já não matam a fome. Os guindastes estão paralisados na sua inutilidade.
O silêncio ocupa o lugar do ruído das fábricas, das máquinas e dos homens. Nas ruas são poucos os passos que ecoam. No chão, pisa-se o tecto. Apenas as paredes configuram os edifícios garantindo a possibilidade de sombra, impedindo-os de serem confundidos com fantasmas.