Inaugurou, dia 14 de dezembro, no Museu do Neo-Realismo, a exposição “Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich (1939-1945)”, o culminar de anos de investigação sobre um capítulo silenciado na história contemporânea: o brutal sistema de trabalho forçado que ajudou a suportar a economia de guerra do regime nacional-socialista.
Estima-se que mais de 13 milhões de europeus foram deportados ou deslocados para o Reich, e que cerca de 15 milhões foram obrigados a trabalhar para o ocupante alemão nos seus próprios países. Mas só nos últimos anos é que estes números começaram a ser contabilizados, e a recuperar o seu nome, rosto e biografia. Só nos últimos anos é que o nevoeiro que os envolvia se começou a dissipar.
Resistir! é uma atitude que não tem data.
E na missão de saber quem foi obrigado a trocar o relógio pelas algemas, instituições portuguesas e da Museus e Monumentos de Portugal, EPE, assim como alguns particulares descendentes de trabalhadores forçados que emprestaram pertences dos seus antepassados, contribuíram para enriquecer o discurso expositivo com a cedência de documentação e bens culturais: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, arquivo documental do Museu do Neo-Realismo, Museu Nacional Resistência e Liberdade, Museu Nacional de Arqueologia, Arquivo Histórico da Cruz Vermelha e Arquivo Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Instituto Diplomático).
O Museu Nacional de Arqueologia orgulha-se de participar nesta iniciativa.
Resistir! Os Portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich (1939-1945)
Até 4 de maio de 2025. Museu do Neo-Realismo