O Jornal de Notícias publicou na sua edição de 5 de fevereiro, que já tinha sido publicada no Diário da República a consulta pública do projeto da “Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso” para inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
A palavra filigrana deriva do latim filum, que significa fio, e granun, que quer dizer grão.
Os primeiros objetos em ouro manufaturados com a técnica da filigrana datam da Idade do Bronze Final, como é o caso do colar proveniente da Herdade do Álamo (Inv.º N.º Au 190), mas será a partir da Idade do Ferro que esta técnica atinge o seu apogeu, exemplificado no bem cultural que ilustra esta publicação, a arrecada de ouro (Inv.º N.º Au 978), da Idade do Ferro.
Hoje em dia, a Póvoa de Lanhoso é conhecida a nível nacional como a capital da filigrana de onde saem peças icónicas desta arte de trabalho minucioso do ouro como os Corações de Viana, os Brincos à Rainha, os Colares de Contas e as Arrecadas, todas peças que enfeitam as mulheres minhotas, principalmente as mordomas na Romaria em honra de Nossa Senhora da Agonia que se realiza, anualmente, na cidade de Viana do Castelo, desde 1772 e que desde 1783 que ocorre em agosto.